sexta-feira, 28 de agosto de 2015

As ruas são para experimentar! parte V - An.Dor



"a memória é um grão invisível que reverbera na fotografia"
verso contrabandeado de uma estrela dançarina




"O que se moveu na cidade naqueles dias que An.dor acontecia nas ruas?"
patrícia santos







. . . E dessa aventura de dançar com a cidade em novembro de 2011 nasceu o “An.dor”, composição cênica que parte de uma dramaturgia do movimento, tecendo e construindo de forma não linear sua trama de sentidos pelos espaços de passagem da cidade . .  .



"Mais do que contar a história de forma literal, o que nos moveu foi a possibilidade de re-inventar cenicamente a cidade que habitamos, buscando deslocar o olhar do passante para uma imagem poética, rompendo por um instante o fluxo cotidiano dos centros comerciais. Dançar com a cidade é habitar poeticamente os lugares, abrir espaços para a possibilidade de uma experiência estética."
















































"Apresentar-se à terra e aos ceús, aos deuses e aos homens dançando "um outro numa unidade originária" é o que se guardou da última apresentação-oferenda  de An.dor (em 26/11/2011). E então eu soube o que é habitar. . .

O que se moveu na cidade naqueles dias que An.dor acontecia nas ruas?

Guardo, resguardo, velo isto:

as terras, o barro, a lama.

o sal, o anônimo, a viagem,

caminhos do mar.

a água, as enchentes, o estar em obra.

o retumbar antigo da música nº06.

a procissão de pessoas assustadas, intrigadas, com raiva,



intolerantes, curiosas, comovidas, atentas."

Patrícia Santos