Divino consolador
Consolai a minha alma
Quando deste mundo eu for
Consolai a minha alma
Quando deste mundo eu for
Terezinha Terezinha
Terezinha de Jesus
Na hora da sua morte
Terezinha acende a luz
Terezinha de Jesus
Na hora da sua morte
Terezinha acende a luz
Pela rua da amargura
Sangue aqui escorreu
O céu se cobriu de luto
A filha de Deus morreu
Sangue aqui escorreu
O céu se cobriu de luto
A filha de Deus morreu
Cada passo ajoelhava
Com seus bracinhos abertos
E vossa mãe lhe dizia
Filha chegue para perto
Com seus bracinhos abertos
E vossa mãe lhe dizia
Filha chegue para perto
Não chore estrela, não chora
Que ainda hoje estou contigo
Só chores quando me vê
Nas ondas do mar perdido.
Que ainda hoje estou contigo
Só chores quando me vê
Nas ondas do mar perdido.
Somos nós, Patrícia, Cristiane, Valquíria, Cibele, Silmara, Cíntia, Tatiane, Bárbara, Maria... Marias, inúmeras mulheres de sapatos vermelhos.
E se um dia uma de minhas irmãs não voltar pra casa? E se eu
não mais voltar?
Morrer pelo simples fato de ser mulher – Feminicídio.
Irmãs, irmãs, irmãs!
Eu ouço as suas vozes...
Eu hoje ganhei a minha própria voz e grito cantando.
Sapatos vermelhos – um grito pelas filhas, irmãs, mães que
não puderam voltar para casa.
Pelo direito de andar por qualquer parte, em qualquer hora do
dia, com a roupa que eu quiser, sem ter de carregar pedra no bolso, arrastar
pedaços de pau. Armas pra me defender de... Um possível ataque.
Cibele Mateus, atriz e dançarina da Cia. As Marias
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